Na noite do último sábado(15) a escola de samba Dragoes da Real oficializou a coroação de sua corte para o carnaval de 2022. Rainha Karine Grum, Princesa Yohana Obyara e Musa Kelly de Paula.
Que encontro lindo da comunidade da Dragões com a comunidade do samba paulistano! A noite deste último sábado ficou marcada como uma grande confraternização onde a tradição prevaleceu! E assim foi mais uma noite sensacional na Caverna do Dragão!
A Agremiação publicou a seguinte nota:
Somos uma ESCOLA DE SAMBA e precisamos de representatividade! Eleger uma corte como essa é motivo de muito orgulho para nós da Dragões. Eleger uma corte como essa é respeitar tradição e a história de diversos SAMBISTAS que colaboraram para que o Carnaval Paulistano fosse reconhecido e se tornasse um dos maiores do País. Karine, Kelly e Yohana, eram crianças que brincavam na quadra e aprenderam em nosso chão o valor de um pavilhão. Eram meninas que frequentaram a ala das crianças, passistas, destaques… e que hoje recebem a gratidão por tanta dedicação. Karine, Kelly e Yohana são exemplos de perserverança e humildade. Três mulheres SAMBISTAS que merecem todo nosso respeito e admiração.
Neste sábado, no palco da caverna, não estarão apenas a Rainha, Princesa e Musa, estarão lançados os sonhos de inúmeras meninas que fazem parte da nossa comunidade. Sim! Aqui é possível uma passistar tornar-se rainha! Sim! Aqui é possível sonhar mais alto! Por isso acordamos todos os dias com uma vontade enorme de vencer o carnaval!
No ano que homenageamos um dos maiores poetas do mundo, temos uma corte que exalta a TRADIÇÃO DO SAMBA! Viva as “crias da casa”! Viva o samba paulistano!
Viva a Dragões da Real! VEM CARNAVAL!
CARNAVAL 2022
A agremiação será a 7ª escola na noite de sexta com o Enredo: Adoniran
Desperta, São Paulo!
Desperta para ver sair do túmulo o filho único da canção eterna, umbigo nas quinas, torto querubim das esquinas, das cruzas e encruzas, o verso, o reverso e o verbo sentido no gerúndio. Contesta com vida e diplomacia de bar a profecia do poetinha Vinicius. Convoca os dragões e demônios do batucar miúdo, os homis tudo, caixas de fósforo e de ressonância d’uma poesia rueira – aí, sim, a sua perfeita tradução. Quais, quais, quais, quais colá. Adoniran Barbosa andarilho, candeeiro observador aceso, plantou a flor de sua arte até mesmo em viaduto. O homem que falava aquilo que as pessoas enrolam pra dizer. Vorta neste enredo como “arma penada” para outra vez balançar cadeiras na porta de casa, animar serestas, enfiar a colher de pau no caldeirão agridoce da Pauliceia. Eis os cacos ajuntados do tempo por João Rubinato – sua graça na certidão – porta-estandarte, mosaico, caleidoscópio dos causos de um século todinho e de gentes como a gente……….
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