Academicos do Tatuapé confira imagens do ensaio de quadra do ultimo sabado 11/12

📷 Renato Rosa -Essência do Click

A Acadêmicos do Tatuapé realizou no ultimo sábado(11) seu ensaio geral de quadra rumo ao carnaval de São Paulo 2022, confira as fotos.

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Carnaval 2022-
Enredo “Preto Velho. Conta a saga do café num canto de fé”
Será a 6ª na noite de sexta feira

Num cantinho do terreiro, com o congá firmado, velas acesas, ervas, arruda, guiné e alecrim tomam o ambiente. Tudo preparado pois o Preto-Velho vai chegar, ogans, yaôs, pais de santo e cambones se preparam para mais uma linda história que o velho vem contar. Ele vem chegando com seu rosário e seu patuá, saravá Preto-Velho.
Ê, Preto-Velho chegou! Preto-velho demora, mas chega…Deus abençoe vocês, meus fios! Zambi, meu pai criador, abençoe esse cazuá!
Preto velho veio cachimbar, vamos prosear e que o tempo passe bem devagar.
Meus fios, eu sou preto como a noite sem estrelas.
Sou velho porque trago em mim as marcas do tempo… e põe tempo nisso, meus fios. E essas marcas são que alumia minha alma.
Sou velho e hoje espalho no mundo mensagens de fé, trazendo esperança com minha humildade, deixando sementes de caridade, secando a mentira e regando a verdade.
Sou velho e celebro a vida, mas também trago na lembrança todas as dores que eu passei nesse lugar, nessa Terra de meu Deus que me criou.
Sou preto, mas a fumaça que sai do meu cachimbo, forma nuvens brancas quando encontra o céu, e pra ajudar vocês meus fios, com muita fé, trago comigo axé e arruda, guiné e café…
EU sou Velho, eu sou preto, eu sou escuro como o ventre da Mãe África, origem de toda a minha ancestralidade.
Lá é a fonte de tudo, é o início do mundo! Salve, Zambi, meu “ Pai Maior” e Deus da criação.
“Nasci e morri na Fazenda, no interior de Minas Gerais. Lá, o café era ouro que meu patrão transformava em anel, as custas do trabalho do meu povo, um trabalho muito cruel. Em troca de tanto esforço, nada recebia, apenas vestia uns trapos no corpo e só pão embolorado comia. E assim, vi muito suor e sangue dos meus irmãos no cafezal. Mãos calejadas da enxada e suja de terra, que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados”
Trecho da sinopse publicada por Acadêmicos do Tatuapé https://www.facebook.com/academicosdotatuape