Camisa Verde e Branco anuncia novo casal de mestre-sala e porta-bandeira.

Janny Moreno e Wendel Cacila vão conduzir o pavilhão oficial da escola no próximo Carnaval, o casal foi apresentado no ultimo dia 16.

Abaixo texto publicado por Janny Moreno em suas redes sociais.
A TRADIÇÃO DO SAMBA SE MANTÉM E SEGUE SEU CAMINHO…
“A Dança e nobre arte de ser Porta-bandeira que transformou aquela jovem de Diadema, que se encantou pelo rodar daquela saia branca feita de cetim e pela tradição de ostentar aquele pedaço de tecido de 1m20 por 90 que é o símbolo maior de Escola de Samba – O PAVILHÃO…
Hoje aquela jovem menina, se tornou esta mulher realizada que sou, e que aos longos desses anos fui agraciada por Deus e o sagrado por ter me dado oportunidade de ter defendido e ostentado tanta tradição e grandes historias de comunidades através da minha dança e de resultados…
Hoje chego neste terreiro de tanta ancestralidade sendo presenteada com a responsabilidade e honra de ser a defensora do símbolo maior da Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco, escola de um chão de tradição de grandes carnavais, campeonatos, e de grandes baluartes…
Peço licença ao entrar nesse terreiro em sinal de respeito a todos que passaram por aqui e contribuíram para a historia do trevo, a benção a mães baianas e meus respeito a toda Velha Guarda do Camisa, me visto de verde e branco e com gratidão hoje eu Janny Moreno agradeço a oportunidade e confiança depositada pela presidente Erica Ferro , João Victor Ferro e toda diretoria.
Estou com uma mistura de bons sentimentos que hoje sou grata por este momento, á 10 anos que eu não me sentia tão emocionada, que não me sentia tão realizada, e hoje afirmo para a comunidade da Barra Funda meu compromisso como Porta Bandeira Oficial, aguardo ansiosamente para estarmos juntos, e para sentir a energia desta comunidade e de todos os seguimentos, através dos ensaios, apresentações… Porém enquanto não podemos estar juntos estarei trabalhando junto ao meu parceiro e mestre sala Wendel Cacila nos preparando com esforço e dedicação O PAVILHÃO DO CAMISA VERDE E BRANCO QUE NOS UNIU EM UM SÓ IDEAL.
Tão linda e tão bela, que na passarela
levanta a galera… me faz delirar…
… Esse é meu Pavilhão!
Gratidão Mocidade Camisa Verde e Branco”

Proximo Carnaval
Camisa Verde e Branco será a 2ª  desfilar no Anhembi na noite de domingo
Enredo: “Na fé do trevo, eu te benzo! Na fé do trevo, te curo. Rezadeiras” 

Salve a força dos encantados
Rezadeiras, benzedeiras, curandeiras, remedeiras, costureiras de machucaduras….
No saber popular é a “prática do ofício tradicional da cura”.
Tantas são as denominações, dessas tradições.
E quem já entrou num Congá e levou uma baforada do cachimbo de uma preta velha, ou foi rezado (a), benzida (o) por uma senhora rezadeira?
A Camisa Verde Branco em seu orar, através do cantar neste carnaval, levará para a avenida uma homenagem ao universo feminino através das rezas, pela fé das mulheres rezadeiras, que benzem e que curam, num momento em que o mundo precisa se curar de todos os males individuais, na busca pela fé, em uma corrente coletiva e humanizadora de luzes.
Luz essa que vai enaltecer as práticas do saber ancestral, do ofício de curar através do “trevo”, maior simbologia desta comunidade, o qual é o reacender das forças místicas que transcendem a sorte, é o fio condutor e a ferramenta sagrada para o nosso ato de benzer, pois ele contém a fé para a proteção e reafirma os caminhos da sorte, para alçarmos novamente os patamares das vitórias de outrora.
Neste terreiro de bambas a Camisa Verde e Branco, nos faz um convite para celebrarmos juntamente com sua madrinha verde e rosa e suas afilhadas, suas origens, relembrando a ritualística de seu batismo, para benzer da sua fé e com isso reafirmar a força desse coletivo de mulheres divinas, com suas mulheres sagradas neste quilombo do renascer das esperanças, através das práticas do benzer, curar pela reza e pela fé, pois o samba com o trevo, em tempos de cura é o nosso amuleto sagrado e de proteção.
Convidamos todos vocês a participarem do compartilhar destas narrativas no samba, dessas práticas curativas, desde as encantarias caboclas da Amazônia, passando pelas matrizes que constituíram as nossa tradições brasileiras e se reencontram nesta costura, em um movimento potencial transformador das crenças populares e dos valores espirituais, relembrando seu nascimento de batismo (um ato de rezar e de benzer), com toda a comunidade sambista.
Salve o trevo, salve o samba em oração, salve a Barra Funda!