“CAROLINA – A CINDERELA NEGRA DO CANINDÉ” enredo da Colorado do Brás retrata na avenida a vida e a obra da escritora Carolina Maria de Jesus, mulher preta que nasceu em Minas Gerais, foi moradora da favela do Canindé, catadora de papelão e se tornou uma das mais importantes escritoras do Brasil. Seu livro “Quarto de despejo” lançado em 1960 foi um sucesso. Com samba bom de refrão forte e fácil de cantar.
Para contar o enredo a escola entra na passarela do samba com 19 alas, 4 alegorias e 1800 componentes. A comissão de frente “ O grande baile de Carolina” com Zé Pilintra à frente, representando o povo da rua, traz Carolina Maria de Jesus dançando com a elite e a ralé e sendo coroada a Rainha do Canindé pelo jornalista que a descobriu, Audério Dantas. A filha de Carolina veio, junto com o presidente , à frente da escola
O primeiro casal de mestre sala e porta bandeira Ruhanan Pontes e Ana Paula representam a libélula, em belas fantasias vermelhas numa apresentação primorosa. O carro abre alas mostra as obras de Carolina e como ela via a favela do Canindé. A ala das baianas como herança quilombola lembrando que a família de Carolina era tão grande que quase formava um quilombo. Camila Prins como rainha trans e Maísa Magalhães como rainha da bateria sambaram muito na avenida, cheias de carisma e animação. A bateria sob o comando do Mestre Alan Meira, trajando a fantasia “Os malandros do Canindé”, tem 70 mulheres ritmistas. Muito ritmo, muitas bossas e muita energia dos ritmistas. A segunda alegoria Bitita livre feito borboleta. Crianças de corujinhas e livros com citações de Carolina Maria de Jesus retratada numa bela escultura no topo do carro. Uma performance de um grupo circense compões o carro, remetendo ao tempo que ela morou no circo.
Marina Mazari, que já foi porta bandeira da Vila Maria veio representando Carolina Maria de Jesus dançando numa das alas da escola. Destaque para o figurino do segundo casal de mestre sala e porta bandeira, Rafael e Giovanna, com fantasias feitas de papel e papelão e com o PAVILHÃO DE ENREDO retratando a homenageada, seguidos da ala Sobrevivendo do papelão, também confeccionadas do mesmo material.
Lucas Carvalho e David Silva como destaques de chão à frente do terceiro carro. O Quarto de Despejo – A Carruagem retrata os tempos difíceis e também a condução pela literatura e o sucesso do livro, que a fez mudar de vida. Quarto e último carro da escola – Carolina a Cinderela negra do Canindé, um grande castelo que sai de dentro de um livro com Carolina no mais alto destaque. As alas contaram cronologicamente a história de Carolina Maria de Jesus com muita emoção, bom gosto nas fantasias e muito samba no pé .
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