Familiares de Carolina Mª de Jesus marcam presença no 2º ensaio técnico da Colorado do Brás no domingo(10), Confira as fotos!!!

Fotos: João Belli/Noemia Bastos

Colorado do Brás, segunda escola a realizar ensaio técnico no ultimo domingo(10) com o Enredo: “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé” uma homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus,  mostrou toda a força  do seu canto, com seus componentes comprometidos com o treino, não faltou energia para acompanhar o ritmo da bateria comandada por mestre Allan Meira.
A Escola passou  compacta e com intensidade para o ultimo treino e  vai em busca do título do carnaval 2022. Destaque para a presença da filha, netos e outros familiares de Carolina, que acompanharam todo o ensaio na avenida.  Confira as fotos e deixe seu like ou comentários na página.
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Carnaval 2022
A Colorado do Brás será a 2ª escola a desfilar pelo Grupo Especial, no Anhembi na noite de Sexta-feira(22.04)
Enredo: “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé”

 

Trecho da sinopse:

Chegou o carnaval! De Colorado me enfeitei para a grande noite. Escolhi o vestido mais bonito, Rodado e Colorido, Bordado de estrelas e estórias. Nos pés, sapatos de cristal, refletindo minhas andanças; na cabeça, além do adorno tradicional, há borboletas de memórias, que fiz questão de colocar no papel. Eu sou Carolina Maria de Jesus – Nua e crua, escritora de nascença, Negra e poetiza da vida. Calei-me para o sofrimento, gritei mais alto que pude para o destino que eu escolhi. Eu sou a filha de Dona Cota, Do “Quilombo do Patrimônio”, Menina Bitita, Da pequena cidade de Sacramento; sonhadora e curiosa, chamada por muito de “perguntadeira”, que mesmo vivendo sem eira e nem beira, desde pequena, já lia de um tudo E fugindo da realidade do mundo, Ao ler “A Escrava Isaura”, Pela Literatura me encantei.
Já carpi roçado na aurora, Enxada nas mãos calejadas, de sol a sol, o ano inteiro. E, descontente com a lida, poema escrevi, “O colono e o fazendeiro.” Fui jovem avoada, não parava em serviço. Em meio aos reboliços, muito vexame passei – Valha-me São Cipriano! Caluniada, “Carolina do diabo”, até cadeia peguei. Mas nunca emudeci, forte fiquei E as feridas que em minhas pernas ardiam não foram capazes de cessar o meu caminhar, pois meu sonho era maior que a dor – Ainda tinha o mundo para conquistar foi então que, em mim, a vontade de partir Abriu-se feito o nascimento de uma libélula E, encorajada pela ação do tempo, Tomada pela forte intuição do vento, Me deixei levar. Então, em São Paulo, Na Estação da Luz cheguei. A visão pueril que eu fazia desta cidade Logo foi apagada pela dura realidade que aqui enfrentei.