Lideres indígenas confirmam presença no desfile da X9 Paulistana

Fortalecendo a luta dos povos indígenas, a X-9 Paulistana traz para o carnaval de 2022 o tema “Arapuca Tupi, a reconquista de uma terra sem dono” por meio da maior manifestação popular do nosso país. O tema exaltará a resistência da população originária.
A articulação para as lideranças que estarão no evento é feita pelo projeto Embaixada Encontro dos Povos, através da idealizadora Juma, que é parceria da agremiação.

 

Célia Xacriabá, do povo Xacriabá, que se define com uma mulher da Lutalitura é da Articulação Nacional das Mulheres Indígena. É do biomas Cerrado mas tem feito a defesa da importância de todos biomas brasileiros. Ela atua em múltiplas frentes, como representante das causas dos povos e das mulheres indígenas, como professora e assessora parlamentar.
Ela tem mestrado em Desenvolvimento Sustentável, obtido no Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais, pela Universidade de Brasília. Atualmente é doutoranda em antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ela reafirma que a sua primeira escola foi a luta em diversas frentes: garantia do território, porque a luta pelo território é a luta pela própria vida, tem um importante trabalho na reestruturação do sistema educacional, no apoio às mulheres e à juventude. Como ela costuma dizer, luta por essas causas “diretamente no chão do Território e no chão do mundo”.

Douglas Krenak, destacado militante pelos direitos dos povos originários. Formado em Comunicação Social, jornalista de rádio e TV, Douglas é liderança do povo Krenak de MG. O ativista é engajado na luta contra a mineração irregular no seu território.

Lucimara Patté é indígena do povo Xokleng da Terra Indígena Laklãnõ de Santa Catarina, membra e co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade e formada em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Puyr é Presidenta da Federação dos Povos indígenas do Estado do Pará (Fepipa), co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, tesoureira da União das mulheres indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab), Gerente de promoção e proteção dos direitos dos Povos Indígenas, na Secretaria de Estado Justiça e Direitos Humanos do Estado do Pará.

Indígena Pankará, ativista, doutoranda, escritora, nordestina e mãe, Chirley é a primeira indígena co-deputada estadual, pelo mandato coletivo da mandata ativista – SP, onde possui autonomia para propor projetos de lei que atendam às necessidades dos grupo e bandeira que representa.

Joziléia é Antropóloga, membro co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade – ANMIGA, membro fundadora da Articulação Brasileira de Indígenas Antropologes, membro da ARPINSUL e editora na Revista digital para Mulheres Indígenas FAG TAR – A FORÇA DELAS. Acesse o canal através do link: https://fagtar.org/

Sonia Barbosa (Ara Mirim), do território do Jaraguá em São Paulo, desfilará na X-9 Paulistana e fez uma visita especial no Barracão da agremiação para conhecer o carro que irá desfilar e contou sobre a luta dos Povos Originários, o que é prioridade para eles atualmente e a importância da introdução dos indígenas na maior manifestação cultural do país.

 

Proximo Carnaval 2022

A escola vai desfilar no grupo de acesso em 2021- pois ficou com penúltima colocação com 268,4 pontos
– Enredo “Arapuca Tupi- A reconquista de uma terra sem dono”

RELEASE DO ENREDO:

O G.R.C.E.S. X-9 Paulistana, trará para o próximo carnaval o enredo “Arapuca Tupi – A reconquista de uma terra sem dono”, de autoria do carnavalesco Igor Carneiro e do jornalista Júlio Poloni, cuja pesquisa e desenvolvimento serão enriquecidas também pelo departamento cultural da agremiação.
Trata-se de um tema indígena de caráter crítico-social, baseado em uma história fictícia, que carrega traços de um universo diatópico revertido a uma utopia carnavalesca. Ou seja, a trama inicia-se no caos e se encerra vislumbrando um país que todos sonhamos.
Além da ficção, o enredo pretende atirar uma flecha certeira na questão nacional da devastação do nosso meio ambiente e na atual desmoralização das lutas indígenas de forma reflexiva e verdadeira.
Sabe aquela ideia de que todos já ouvimos alguém dizer:
“- Vamos devolver a terra pros índios e pedir desculpas pelo estrago”?
Partindo dessa premissa nasceu a idealização do tema, que vai além de um simples plano de devolução ou um pedido de desculpas.
Diante do caos social em que se encontra nossa nação, a civilização perdida e desconsolada, se rende à frente de uma operação indígena, que surge a fim de propor soluções imediatas para a sociedade a partir de princípios e ensinamentos próprios, que serão aplicados transformando o panorama caótico em uma perspectiva conveniente e otimista na intenção de reconstruir um país mais justo.
Nesta história, tais ensinamentos serão aplicados de forma pacífica num clima de redenção e purificação, permeando a exuberante cultura nativa, suas crenças e hábitos.
A partir daí, a providencial “arapuca” armada pelos nativos, apresentará os principais elementos para a reconquista de um mundo melhor por meio da preservação da natureza, liberdade, igualdade, fartura e respeito; adventos de esperança e purificação de um novo tempo que renascerá, devolvendo ao povo indígena sua legitimidade. O desfecho do desfile, reflete a valorização de nossa arte numa releitura dos movimentos culturais e de manifestações carnavalesca comemorando este novo mundo e sua verdadeira identidade.Com essa proposta a X-9 Paulistana, pretende fazer um “auê” inesquecível em sua história, se consolidar definitivamente no seu espaço de direito e trilhar um caminho de novas conquistas e vitórias.

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Leandro Nascimento
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