Nenê de Vila Matilde -Confira as fotos do desfile oficial do sábado(16).

A Nenê de Vila Matilde adentrou a passarela do samba defendendo o enredo “Narcíso Negro”, numa releitura  de Fábio Gouveia  do enredo de 1997.
Com refrão forte, o samba empolgou seus integrantes e  a arquibancada numa energia crescente. A escola trouxe 3 grandes alegorias para a avenida.
A comissão de frente se apresentou com espelhos, e o coreógrafo Fábio Sorriso  trouxe como principal elemento o fundador da escola, “Seu” Nenê.  O Reino de Oxum estava no carro abre alas, que também trazia a Águia símbolo da escola. Cley e Thayla, primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, vestidos de Vaidade Africana, evoluíram harmoniosamente  com passos firmes  e muita desenvoltura.
Destaque para a Ala das Baianas que traziam  nas mãos os espelhos de Oxum. O símbolo da escola foram bordados nos tradicionais  panos da costa.
Mestre Mateus Machado conduziu a bateria com firmeza e muitas bossas e o intérprete Agnaldo Amaral levou o samba com energia e emoção.
A harmonia da escola foi muito boa e os integrantes deram seu show, cantando e desfilando com muita energia.
O carro “Orgulho da Negritude  o Quilombo Azul e Branco” fechou o desfile da Nenê de Vila Matilde festejando a escola com muita emoção.

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No Carnaval 2022
A Nenê de Vila Matilde foi 7a escola a desfilar no desfile oficial de sábado(16) pelo grupo de acesso.
O enredo para 2022,  uma reedição de 1997 do carnaval “Narciso Negro“, na época desenvolvido por Tito Arantes que em 2022 terá Fabio Gouveia como carnavalesco.

Ao quilombo azul e branco da Zona Leste, vos apresento “O Narciso Negro de 1997” para o próximo Carnaval

Ao longo de seus 72 anos glórias, nossa escola tem em seus fundamentos a essência extremamente preta, significativa e se coloca como principal propagadora de toda ancestralidade de um povo que herdou de sua herança, a vaidade da sua cor.Além disso, abro o discurso em que a Escola de Samba tem por obrigação manter viva em seus ideais, toda sua origem. A Nenê de Vila Matilde que sempre foi essa referência, acompanha as movimentações sociais e históricas, as lutas e as mazelas do povo Preto.A Nenê com suas ações sociais, seus enredos ecarnavais, jogam luzes para este assunto, que trará o nosso resgate, com temas de cunho ancestral, racial e cultural.Em tempos em que a liberdade e a igualdade racial, se veem tão ameaçadas, resistir é um ato político e nos faz pensar a frente.O preconceito está inserido em tudo, vivemos numa sociedade estruturada e fundamentado no racismo e no extermínio do povo preto, portanto, é preciso entender que nãohá vitimismo na luta, e que militar diariamente é sem dúvida o caminho que nosso povo deve seguir.Pensando nisso, no auto reconhecimento, que voltamos a um princípio básico que se explica ao reparar o que o AGUERÉ de Oxóssi quer dizer: “Dois passos para trás para avançar um passo para frente”, e é com este pensando que anunciamos para o próximo Carnaval, uma nobre reedição, um reencontro com as raízes mais profundas de nossa história, no intuito de nos refazer, nos reconstruir, e o NARCISO NEGRO, uma obra singular, capaz de tocar corações e acenar a bandeira branca da paz, paz consigo mesma, com o carnaval e com as vitórias tão distantes, mais sempre presente no coração e na alma do Matildense.Aos que habituaram a vencer, NARCISO NEGRO foi um grande sucesso do carnaval de 1997 e será sem dúvidas, a representatividade que precisamos para alçar voo neste momento. A genialidade idealizada pelo artista, carnavalesco e preto Tito Arantes (In Memória) trará em sua composição a poesia vista, ilustrada e cantada de forma tão sublime, retratada pelas mãos do atual e ilustríssimo carnavalesco, Fábio Gouvea, artista, negro, Matildense do sangue azul, com fervor nos olhos, batizado no encantamento da vitória, para trazer de volta, o grito de campeã.

“Sou negro, sou arte
O estandarte do carnaval
Sou baluarte da cultura nacional
Verdadeiro quilombo urbano a Vila precisa deste encontro,
precisa deste amor e orgulho. É tempo de luz, de
fortalecimento de toda uma história.
Se o Negro é amor, seremos então capaz”…

Por Fábio Gouveia.