Parabéns Colorado do Brás 46 anos de lutas e glórias

Grêmio Recreativo Escola de Samba Colorado do Brás é uma tradicional escola de Samba do Carnaval de São Paulo. Em sua história destacam-se as passagens pelo Grupo Especial de São Paulo nas décadas de 80 e 90, retornando em 2019 após 25 anos desfilando por grupos de acesso.

Foi fundada a partir da torcida de um time de futebol de várzea na década de 70. Ao longo dos anos esteve associada a alguns dos maiores sambistas da cidade de São Paulo, como Geraldo FilmeDom Marcos e Mestre Lagrila. Possuiu uma das maiores quadras de São Paulo na Avenida Carlos de Campos, antes de perdê-la por dificuldades financeiras. Atualmente a escola não possui uma quadra social e seus ensaios ocorrem na Rua Itaqui, em frente a sua sede, no bairro do Canindé.
É mais conhecida entre os sambistas por seu samba-enredo do carnaval de 1988, “Catopês do Milho Verde, de escravo a rei da festa”, considerado um dos melhores sambas da história do Carnaval de São Paulo

Colorado Publicou em suas redes sociais:
46 vezes fomos pra pista…
46 vezes lutamos pelo nosso pavilhão…
46 vezes bradamos nosso canto…
46 vezes fizemos nosso ritmo…
46 vezes nos emocionamos…
São 46 anos de glórias, carnavais e tantos sambistas que construíram nossa história!
Hoje chegamos ao 46° ciclo de vida, com a certeza de que ainda temos uma longa jornada pela frente, com ainda mais alegria, samba e suor de cada componente que faz de nossa escola uma gigante do carnaval paulistano.
Parabéns em especial pra você que faz parte desta comunidade e que nos ajuda a construir o pavilhão vermelho e branco do Brás.
Feliz aniversário Colorado, que ano após ano faz dar sentido ao vermelho de nosso sangue a cada carnaval!
“…Sempre te amei demais…”
foto divulgação
Carnaval 2022
A Colorado do Brás será a 2ª escola a desfilar no Anhembi na noite de Sexta-feira
Enredo: “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé”

foto divulgação

Trecho da sinopse:

Chegou o carnaval! De Colorado me enfeitei para a grande noite. Escolhi o vestido mais bonito, Rodado e Colorido, Bordado de estrelas e estórias. Nos pés, sapatos de cristal, refletindo minhas andanças; na cabeça, além do adorno tradicional, há borboletas de memórias, que fiz questão de colocar no papel. Eu sou Carolina Maria de Jesus – Nua e crua, escritora de nascença, Negra e poetiza da vida. Calei-me para o sofrimento, gritei mais alto que pude para o destino que eu escolhi. Eu sou a filha de Dona Cota, Do “Quilombo do Patrimônio”, Menina Bitita, Da pequena cidade de Sacramento; sonhadora e curiosa, chamada por muito de “perguntadeira”, que mesmo vivendo sem eira e nem beira, desde pequena, já lia de um tudo E fugindo da realidade do mundo, Ao ler “A Escrava Isaura”, Pela Literatura me encantei.
Já carpi roçado na aurora, Enxada nas mãos calejadas, de sol a sol, o ano inteiro. E, descontente com a lida, poema escrevi, “O colono e o fazendeiro.” Fui jovem avoada, não parava em serviço. Em meio aos reboliços, muito vexame passei – Valha-me São Cipriano! Caluniada, “Carolina do diabo”, até cadeia peguei. Mas nunca emudeci, forte fiquei E as feridas que em minhas pernas ardiam não foram capazes de cessar o meu caminhar, pois meu sonho era maior que a dor – Ainda tinha o mundo para conquistar foi então que, em mim, a vontade de partir Abriu-se feito o nascimento de uma libélula E, encorajada pela ação do tempo, Tomada pela forte intuição do vento, Me deixei levar. Então, em São Paulo, Na Estação da Luz cheguei. A visão pueril que eu fazia desta cidade Logo foi apagada pela dura realidade que aqui enfrentei.